quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Lista dos próximos aprendizes!!! 2011

Saiu a lista dos aprendizes de 2011.
Não seremos mais 200 seremos 400...Temos que mudar o nome do blog.

:)

Parabéns!

http://spescoladeteatro.org.br/aprovados-2011/

A ideia do Paulão de Dramaturgia é organizar uma festa para recebê-los!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Resenhas das Satyrianas - Projeto Ouvi Contar

Saiu no blog Antro Diálogos resenhas dos textos dos aprendizes de Dramaturgia apresentados durante as Satyrianas. Comentem, divulguem...

:)

http://antroexpostodialogos.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Proposta...

Aproveitando o espaço do blog e por realmente querer participar desse nosso movimento de inclusão nos procedimentos mais administrativos, pedagógicos e burocráticos da Escola, gostaria de dizer que estive, nos últimos tempos, sentindo falta de algo que me indicasse a direção certa a seguir, algo que me mostrasse onde estão meus êxitos e carências no que diz respeito ao processo de aprendizado: PROCESSO AVALIATIVO.

Claro que, seguindo a pedagogia da Escola, não tenho intensão de propor um sistema em que sejamos "aprovados" ou "reprovados", de forma alguma. Mas, de fato, gostaria que ao menos pudéssemos receber algum tipo de relatório individual feito pelos educadores no qual fossem expostos os nossos pontos fortes e fracos para que, então, fosse possível nos dedicar às nossas carências.

No caso do curso de Técnicas de Palco, especificamente, há uma necessidade ainda maior desse tipo de processo para que saibamos a que carreira seguir. Um técnico de palco não é apenas um contra-regra. É também um produtor, um diretor de palco, um maquinista, um cenotécnico, um aderecista e mais outras tantas coisas quanto forem possíveis dentro de um teatro.

Enfim, lancei a proposta e aguardarei os ecos para saber se, além de mim, mais alguém gostaria que lhe indicassem o caminho.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

HEY HO LETS GO

Que loira do banheiro que nada, a última coisa a deixar algumas pessoas (vulgo direção) de cabelo em pé foi um cartaz, uma manifestação (na verdade tiraram antes que eu pudesse ler) bem na porta do banheiro masculino, levantando algumas questões em relação à escola, expressando seu desconforto.
Mas o acontecimento trouxe no mínimo um movimento necessário à escola, e após uma breve reunião de Ivan Cabral com alguns alunos (pois poucos foram avisados á tempo ou tinham disponibilidade) foi levantada a seguinte questão:

_Numa escola diferenciada, que traz esse espaço, abertura, disponibilidade tão enfatizados para nós...Talvez esteja na hora de usarmos, ou ao menos, entendermos de que forma podemos usar esse espaço e termos mais voz ativa na trajetória dessa escola que está sendo construída com os nossos passos.
Alguns alunos se reuniram no dia de hoje, com o intuito de trazer questões, soluções, idéias que possam nos representar nessa escola. Como um limitado número de 5 gatos pingados não representam o pensamento de toda uma escola, pedimos, sugerimos, solicitamos que TODOS que tiverem qualquer interesse ou curiosidade junte-se a nós! Nosso intuito é formar uma espécie de centro acadêmico, grêmio ou coisa assim, mas não-tão-assim-na-verdade-muito-mais-legal.
Caso não haja jogo do Brasil na terça de manhã e a gente tenha aula, passaremos de sala em sala para dar este recado e marcar uma possível reunião com os alunos interessados (ou no mínimo um representante de cada sala) e posteriormente um novo encontro com Ivan Cabral.
As questões iniciais que pensamos fazer sentido trabalhar agora são as seguintes:

_funcionamento (falta de organização e/ou falhas de comunicação interna) e financiamento da escola ( trabalhamos com dinheiro público, ele está sendo ultilizado de forma equilibrada por todas as áreas e reais necesidades da escola?)
_horários/trabalho. EX: essa questão do sábado a tarde, ou pessoas que precisam trabalhar em determinados dias ou horários, de que forma isso pode ser conversado/ultilizado a nosso favor?
_Kairós (redefinir critérios de seleção)
_DRT!!! Não só conquistar meios de agilizar os nossos, mas realmente questionar sua função tal qual a do sindicato dos atores que deve facilitar e não dificultar nossas vidas!
è isso aí
câmbio desligo

Nadja

domingo, 30 de maio de 2010

Os resilientes do "Ibson"


O Experimento parece que se encerra, seguimos para uma nova fase. Ontem, passamos pelo processo de perscrutar as vivências. De fato, gostaria de expressar os meus delírios desse tão certo e incerto trabalho em grupo. Teatro é coletivo, se faz mediante estudo e prática e como sabemos, todos, é quase como a vida que " não passa de uma história cheia de som e fúria contada por um louco significando nada".






O cansaço tomou alguns de nós, eu mesma fui levada por uma languidez e um irritadiço humor. Não somente pelas horas que passaríamos debaixo do julgo da avaliação, mas muito pela má vontade de rever uma “coisa”, aquela coisa que incomoda.

Fui e sou do “Ibson”, aquele sexto grupo pra lá de desgovernado, cheio de contradições e com um entusiasmo latente. Desde as primeiras horas do dia, senti um receio de reviver as fagulhas de uma história tão intensa, fiquei constrangida com a ausência de pessoas fundamentais para a reflexão da coisa em si e que em si mesmas carregaram também as contradições que tanto apontamos.

Culpados, claro que tentamos encontrar. É quase um movimento natural procurar entender o que ou quem conseguiu desestabilizar o processo. Eita palavrinha repetida inúmeras vezes: PROCESSO. Não se referia ao romance de Kafka - em que uma personagem acorda, é presa e acaba num PROCESSO interminável e difuso. 

Não cometemos nenhum crime, porém devo admitir que me senti, muitas vezes, em uma espécie de incompreensível julgamento: ora como  acusação, ora como defesa e ora como ré. Toda essa contradição faz parte daquilo que discutimos: COMPROMETIMENTO. E o que é se comprometer? Se entrelaçar? Se doar?

Ao passar das horas, o mal-estar se dissipou, escutei, não pela obrigação com a escola ou com a pedagogia, escutei pela forma como se construía um coletivo naquelas reclamações, apontamentos e dissabores. Algo transpassou a dura casca e penetrou em minha sensibilidade, vi artistas, que apesar de esgotados e tristes, demonstravam união e coesão.

Percebi, na prática, aquilo que o Luís Cláudio transmitiu em sua primeira aula na Dramaturgia: “O teatro nos tempos presentes define-se inovadoramente por sua capacidade de resistência e de resiliência”.

Resistir, mas resistir a quê? À desterritorialização, à homogeneização da cultura, ao esquecimento, aos fundamentalismos, à hegemonia do capitalismo e da globalização, à espetacularização, etc. No entanto, resistir também é deparar-se com a pressão interna e suplantá-la: é superar a falta de diálogo, as contradições internas e o não alinhavar.

O “Ibson” demonstrou que o teatro tem um caráter de RESILIÊNCIA: a capacidade humana de passar por experiências adversas sucessivas, sem prejuízo para o desenvolvimento. E se é feito de artistas, o teatro, artistas somos RESILIENTES ao quadrado!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Encontros notáveis- Adélia Prado



O primeiro encontro foi com uma poeta: Adélia Prado. No teatro Aliança francesa ninguém nos preparou para o impacto que sofreríamos... Adélia é uma poeta mineira, de uma cidade com o sugestivo nome de Divinópolis. Falou do papel do artista, da poesia do cotidiano, das religiões, de sua experiência como atriz amadora, da família, dos cinco filhos, dos amigos, de Carlos Drummond de Andrade (que reconheceu seu talento e a indicou para uma editora)... Mas sobre tudo ao ler algumas de suas poesias nos permitiu viajar através de seus olhos mágicos que captam como uma gigantesca lupa a simplicidade daquilo que passa despercebido pelos nossos "olhos ocupados". Somos a "geração dos sem tempo". Sem tempo para observar, contemplar, ouvir, amar, sentir, Ser. Ser humano. Ouvir Adélia nos permite acreditar que a arte é sim um instrumento de humanização. Evoé, Adélia Prado e muito obrigada por compartilhar conosco parte dessa beleza!

domingo, 23 de maio de 2010

Sábado na Praça





















Depois das apresentações do Experimento, um bando de artistas ocupou a Praça Roosevelt, posto algumas fotos. A autoria é coletiva, já que a máquina passou de mão em mão... ( por aninha terra)


Tres fotos - Inspetor Geral e O Inimigo do Povo




(por Aninha Terra)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

É o começo... do Experimento que a vida nos pede todos os dias

Para alguns: desafio, trabalho, oportunidade, invenção, trajetória, partilha, troca, medo, descoberta, enfrentamento, mil coisas...
Para outros: lição de casa, agenda, tarefa a cumprir, despir-se, mostrar as lacunas, vazar o ser, desistência, escada, azo, arte...
É impossível definir, jamais nos caberia universalizar, medir ou até valorar as ações dos nossos “colegas”. Valorar como boa ou ruim, grande ou pequena.
Cada um é um mundo de possibilidades. Alguns não contentes em ser um mundo, se lançam nos braços da vida e tornam-se um universo de possibilidades. Universo!!!
Experimento... Ensaio... Tentativa... Exercício... Estágio... Aprendizado...
Nesses dias de experimento, perguntava-me quase o tempo inteiro: onde estava o sentido da arte naquele meu fazer. Agora entendo, que o resultado não está apenas no momento final do palco, na cena resumida. Está no trabalho em conjunto e sozinho, nas horas de reflexão e tentativas, nas desculpas amarelas, nas brigas que nem sempre levavam ao consenso.
É difícil trabalhar em conjunto, o fluxo nos cobra o tempo inteiro abertura.
Eis a maior lição que pude ter: ouvir o outro, deixa-lo falar, esperar e esperar trabalhando.
Aos meus colegas de experimento (grupo8), obrigado pela partilha e convivência. A todos, dos tratores até os mais quietos e vagarosos. Cada um com sua singularidade e contribuição, com suas palhaçadas e mau humor.
Viva a vida!!! Quem sabe: viva a arte!!!

Ricardo Soares Reis - Dramaturgia

domingo, 9 de maio de 2010

Ibecen...

Em breve no novo sabor: "PATO SELVAGEM"...






Mas...

O Ibson é mais gostoso...




Aproveitem...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Já que esse é o espírito...

Vi os 3 reunidos e não resisti!!!!!!!!!!!!!








outra coisa: Olha essa foto



hoje, e já faz algum tempo isso, ela está assim:

terça-feira, 4 de maio de 2010

Era para ser uma surpresa

Era, era para ser uma pequena surpresa, mas não aguentei ficar calada! Anotem: logo, logo,  teremos uma  exposição de fotografias na SP-Escola de Teatro. Essa pequena mostra terá fotos elaboradas pelos artistas-aprendizes e promoverá a socialização dos diferentes olhares a partir do cotidiano da Escola. As primeiras participantes serão a Angela Belei e euzita, Aninha Terra. A idéia é que essa apropriação possa ser feita por todo mundo, dessa forma,  andem com suas máquinas em punho, registrem, registrem...vamos construir essa história...


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Experimentação

Essa postagem tem  por objetivo contar um pouquinho de como anda o experimento. Hoje, o grupo seis, da qual faço parte, foi se encontrar pelos ares do Teatro da Aliança Francesa e pela transpiração e inspiração, delineamos, aprofundamos e nos construímos enquanto grupo.

Constituídos por essa sutileza,  discutimos  o conceito que as nossas diretoras elegeram para o trabalho: a ficcionalização da realidade.


A partir disso perambulamos por diferentes idéias: falamos da importância do teatro de Ibsen; a antecipação que ele faz dos conteúdos do épico, como diria Anatol Rosenfeld: o teatro ibseniano tem a forma do drama burguês, mas o conteúdo já aponta para o épico; a importância de entendermos que as personagens, do Inimigo do Povo, não são tipos, mas representações da incoerência humana; de como as ações da peça são movidas pelo Dr. Stockman e tantas outras cositas.



Nós, dramaturgistas, temos a tarefa de levar no próximo encontro o primeiro texto para a encenação, teremos uma tarefa interessante, já que devemos passar pela foco do quarto poder - a mídia - e a ficcionalização da realidade. Caminhemos que o bonde passa ...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Fase: o experimento!

A segunda fase do Módulo Verde começou! Experimento na veia! Divididos em diferentes grupos,  os artistas-aprendizes da SP-Escola de Teatro vivenciam a prática, literalmente, de trabalhar numa grande companhia de teatro. O processo é rápido, temos cinco semanas para montar cenas de até 12 minutos. 

E lá vamos, pensar sobre o que é o Realismo, debater temas e conceitos.Não está sendo fácil, fácil nunca o é, temos um desafio e uma grande palavra na cabeça: GENEROSIDADE!

domingo, 4 de abril de 2010

A jornada dos Dramaturgos



Semana passada, andamos por entre aventuras, estudamos a Jornada do Herói, desde a visão de Joseph Campbell, a nossa mentora foi a Marici, diríamos que os caminhos foram, muitas vezes, tortuosos, nebulosos, cheios de questões e algumas provações.  

Passamos pelo mundo cotidiano, fomos impelidos pelo chamado à aventura, tentamos disfarçar, dizer que não tínhamos nada com aquilo. Relutamos, tentamos recusar ao chamado, não teve jeito, o momento estava dado, haveríamos de empreender a jornada. Recebemos todos os conselhos possíveis, atravessamos o Umbral, com as mãos suadas, a boca seca e a vontade de ganhar a guerra.

Fomos testados, articulamos alianças, enfrentamos os primeiros inimigos e nos qualificamos. De posse da nossa “arma mágica”, entramos na Caverna Oculta, tivemos o primeiro embate com o inimigo, alguns caíram. Fomos recompensados pelas Graças, decidimos voltar para casa. Os inimigos dificultam o nosso regresso, novo embate, por fim, vencemos.

Assim, revivemos, chegamos a casa, trazemos o elixir, um pequeno tesouro para a nossa vida: todas as histórias estão ligadas por um fio condutor comum, a humanidade vem contando e recontando sempre as mesmas histórias...

sexta-feira, 26 de março de 2010

LIGHT MOB

Amanhã vamos iluminar a Praça Roosevelt!

Artistas-aprendizes da SP Escola de Teatro convidam toda a classe artística paulistana a comparecer à Pça. Roosevelt na noite deste sábado, ([b]dia 27 de março, Dia Internacional do Teatro[/b]), com alguma fonte de luz (de preferência [b]lanternas[/b], mas também vale isqueiro, vela, celular...) em mãos. Pontualmente às [b]22h[/b] levantaremos das mesas, sairemos dos bares e da porta dos teatros, atravessaremos a rua e levaremos luz aos pontos ainda sombrios da praça, em honra à revitalização da região iniciada pelos companhias de teatros que ali se instalaram.
O movimento de ocupação artística só está começando, vamos iluminar a praça!
[b]
Compareçam! [/b]

quinta-feira, 25 de março de 2010

Olá, Rafinha aqui...



Paradoxo

O público entra no teatro "finalmente fugirei da realidade" pensam;
Mal percebem que verão a realidade do ator.

O ator invade o palco "finalmente poderei ser eu" pensa;
Mal percebe que quem decide suas falas é o diretor.

"Assim posso me expressar sem me expor" pensa o diretor;
Mal percebe que quem escreveu foi o dramaturgo.

"Finalmente posso mostrar minhas idéias" pensa o dramaturgo;
Mal percebe que quem lhe inspirou foi o público.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mensagem e Texto de Alberto Guzik

Car@s,

Estava eu,  procurando coisas nesse mundo cibernético, quando me deparei com o blog do Alberto Guzik e li uma pequena mensagem do dia 15/02/2010, endereçada à comunidade da SP-Escola de Teatro. Me senti, então, impelida a postá-la nesse espaço, pedindo licença ao autor e fazendo valer todas as citações e créditos:

recado
não posso me afastar deste espaço sem deixar uma palavra para todos os diretores, arte-educadores, colaboradores e artistas aprendizes da sp escola de teatro - centro de formação das artes do palco. estamos no limiar da transformação do sonho em realidade. e se a realidade for áspera, como muitas vezes é, não se esqueçam jamais, de que as raizes dela estão no sonho. no sonho de construir a melhor escola de teatro que este país ja teve. uma escola tão boa, tão ampla, tão aventureira, que possa nos ajudar a mudar também este país, que anda tão precisado de sonhos. meus queridos. não estou fisicamente com vocês aí, agora, mas estou por inteiro aí, também. tenham a certeza disso. e nunca, nunca esqueçam que este projeto nasceu de um sonho, e de que é pelo sonho que tem de ser alimentado. viva a sp escola de teatro. lembrem-se de que somos todos servidores de dionisos. evoé!

Alberto Guzik in "Os dias e as Horas" 

Além dessa, há outras boas e interessantes postagens. Vale uma, duas, três visitas ao blog.

Aliás, por conta da aula de hoje da  Dramaturgia sobre Strindberg, indico a leitura do dia 23/01/2008 que justamente é um prefácio que o Guzik fez para a coleção "Grandes Dramaturgos" analisando a peça "Pai", o nome do texto é A Tragédia no Masculino e a Tragédia do Masculino: Strindberg e o "Pai"

Evoé!


segunda-feira, 22 de março de 2010

Dica de Peça - NuConcreto, da Cia. Circo Mínimo

Temporada gratuita do espetáculo NuConcreto, da Cia. Circo Mínimo, na Caixa Cultural São Paulo

Um espetáculo sensorial, interativo, humorado e extremamente conectado com a vida urbana da metrópole

Volta em cartaz, para uma temporada curtíssima e gratuita, de 25 de março a 4 de abril de 2010, na Caixa Cultural São Paulo, em São Paulo, o espetáculo NuConcreto, da companhia Circo Mínimo. Além das sessões do espetáculo, haverá três debates com os convidados Luciana Bueno, Rodrigo Matheus, Mônica Arroyo, Dieter Heidermann, Alexandre Roit e Marcello Lazzarato sobre os temas que perpassam a obra NUConcreto.

NuConcreto aborda a vida em sociedade nos centros urbanos contemporâneos e as influências da globalização. Conceitos como território, lugar, verticalidade e horizontalidade, território usado e espaço de fluxos, serviram de ponto de partida para a criação de cenas, imagens e situações relacionadas ao tema amplo: o da metrópole contemporânea e o homem – ser social – que nela habita, nos tempos globalizados.

É a primeira incursão do grupo teatral CIRCO MÍNIMO por uma encenação em que o público e a cena ocupam o mesmo espaço. Essa opção foi resultado das soluções encontradas no decorrer do processo criativo do espetáculo, em confronto com o conteúdo proposto por Milton Santos, autor do livro “Por uma outra Globalização - Do Pensamento Único à Consciência Universal”, obra que serviu de adaptação para essa peça. O livro aborda o tema da globalização a partir de três aspectos, sendo que os dois primeiros também aparecem no espetáculo: a globalização como fábula, aquela que nos ‘vendem’ como sendo a solução para os problemas da sociedade contemporânea; e a globalização como perversidade, que é, para Milton Santos, o que de fato acontece, gerando as conseqüências sociais de crise que vivemos hoje.



A proposta cenográfica é também um ponto de partida do espetáculo. O cenário, um grande “trepa-trepa” de canos de ferro, faz referência à cidade, com seus compartimentos; à sensação de abafamento e aperto dos centros urbanos, aliados às possibilidades lúdicas e simbólicas viabilizadas pelas técnicas circenses, em especial as técnicas do mastro chinês, pouco exploradas pelo circo ou pelo teatro brasileiros.

As imagens, encadeadas, constroem uma narrativa fragmentada sem criar uma fábula, e dialogam de maneira lúdica com o espectador, convidado a refletir sobre questões como as influências da cultura de massa sobre a sociedade, o desejo pelo poder e pelo dinheiro, e as conseqüências da desigualdade social.

NuConcreto

Ficha Técnica

Concepção: Rodrigo Matheus Direção e Roteiro: Alexandre Roit e Rodrigo Matheus Criação: Alexandre Roit, Célia Borges, Felipe Chagas, Mariana Duarte, Marcella Vessichio, Ricardo Neves, Ricardo Rodrigues e Rodrigo Matheus Consultoria Dramatúrgica: Marcelo Lazzaratto Com: Ana Maíra Favacho, Bruno Rudolf, Felipe Chagas, Mariana Duarte, Marcella Vessichio e Ricardo Rodrigues Direção de Arte (cenografia, figurinos e adereços): Luciana Bueno Iluminação: Wagner Freire Música Original: André Abujamra Maquiagem: Denise Borro Produção e Administração: Mário Lopes Assistência Administrativa: Aline Grisa Assistência de Arte: Camila Fogaça, Daniel Juliana, Julia de Francesco e Thiago Roque (Arroiz) Consultoria de magia: Ricardo Malerbi Treinador de Mastro Chinês e preparador físico: Angel Andricáin Realização: Circo Mínimo da Cooperativa Paulista de Teatro

Projeto financiado pelo Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo e Caixa Cultural

Apoio: CEFAC – Centro de Formação Profissional em Artes Circenses e Tendal da Lapa

Serviço:

Local: Grande Salão - Caixa Cultural Sé - São Paulo

Endereço: Praça da Sé, 111, Centro CEP 01001-001 - São Paulo -SP

Datas/Temporada: do dia 25 de Março ao dia 04 de Abril de 2010

Quintas, sextas e sábados às 20h, domingos às 19h

Entrada: entrada franca (retirar ingresso 1hora antes)

Lotação: 120 pessoas Recomendação: 16 anos

fonte: Blog Coisas de Teatro

sábado, 20 de março de 2010

Dionísio descrito por Nietzsche

Diferentemente de Hobbes que acreditou ser o riso uma enfermidade humana, Nietzsche no seu livro “Além do bem e do mal” diz ser o riso, uma importante manifestação do humano, o riso como a característica mais forte do deus grego Dionísio. O excesso, a dança, o vinho também tornavam-no esse deus. Nietzsche fala de Dionísio como aquele gênio do coração que alisa as almas ásperas e lhes faz saborear a vida.
Sempre na estrada e fora de casa, continuamente um andarilho que assumiu o movimento e o sabor da vida. Ele é o deus do devaneio, da desmedida, disposto a vivenciar a novidade. Ele jamais condena a vida em favorecimento de outra vida futura, a existência é por si justificada e santificada, para ele a vida já é santa no seu desenrolar.
Com toda essa riqueza, ainda cabe dizer que esse deus traz consigo a inocência e o devir (movimento), sem deixar de ser o deus da embriaguez múltipla. Dionísio é o deus despedaçado, é o deus artista que afirma a vida em sua totalidade.
Para Nietzsche, Dionísio é a firmação sagrada da vida em sua totalidade, não renegada e nem estilhaçada, é ainda a aceitação integral na fruição da vida em todos os seus aspectos e da vontade de afirmá-la e repeti-la. Dionísio é o fundamento da inversão dos valores, indo além das valorações, das oposições do bem e do mal.
O modo de ser dionisíaco rompe com toda manipulação e automatização da vida, a vida é antes novidade e movimento continuo. Nosso maior valor deveria também residir na “vida” que vibra e grita desejosa de fruir. Nas palavras de Nietzsche: “A vida essa exuberância de forças”.

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Tão Longe" de Paulo Rocco - Dramaturgia


Queridos

Recebi uma noticia que me deixou muito feliz e quero compartilhar com vocês

O Meu espetáculo "Tão Longe...foi selecionado para participar do festival cidade de São Paulo 2° Edição, que ocorrerá no teatro Juca Chaves do dia 10 de maio ao dia 09 de junho de 2010, a nossa apresentação será dia 07/06.

O Festival é patrocinado pelos correios, e é de caráter competitivo e estou concorrendo a categoria melhor Texto, dentre outras...

Quero muito ter a honra da presença de vocês na platéia...

Teremos a apresentação do festival (07/06) e mais uma apresentação dia 25 de abril (domingo) no teatro Plínio Marcos (Sala Lineu Dias), para arrecadarmos verba para reformarmos os figurinos e para divulgação para o festival, com o preço promocional de R$ 10,00 (preço único) o teatro só tem 80 lugares. Novamente conto com a presença de vocês.

Obrigado por compartilhar comigo essa alegria.

Beijos para as moças e aperto de mão fraterno para os rapazes.
Finalmente!

terça-feira, 16 de março de 2010

Arte Poética, impressões da Dramaturgia


Durante as atividades do curso de Dramaturgia, fizemos pequenos resumos sobre a Arte Poética, de Aristóteles. Por recomendação da nossa Mestra Marici, aqui socializamos!


Elocução

Grupo: Marcus Wesley, Maria A. Fernandes, Bruno Feldman, Emerson Alcalde, Daniel Graziane e José Ricardo

A elocução é uma parte qualitativa da tragédia. Enunciado dos pensamentos por meio de palavras, com efetividade igual em prosa e verso. É um meio expressivo do poeta. O pensamento inclui todos os efeitos mediante a palavra.

Está ligado à sons, fonética, falas, expressões, métrica, musicalidade e retórica.

Pensamento expresso pela linguagem.
Está ligado aos fatos.

Questões

1)      Elocução é ligado a arte do poeta ou do ator?
2)      Encenação (ator) ou palavra escrita ( poeta)?


Tema/Pensamento

Grupo: Alex, Dione, Lara, César, Matheus e William

Os tratados sobre retórica são objeto próprio do pensamento. O que se exprime pela linguagem pertence ao pensamento. Disso fazem parte a demonstração, a refutação e também a maneira de mover as paixões ( compaixão e temor) fazem parte da maneira pela qual se exprime o pensamento. O modo de exprimir o conteúdo do assunto de maneira conveniente

Caracter

Grupo: Vanessa, Ana, Ângela, Geraldo, Júlia e Daniel

O caracter é uma referência exaltada a partir dos costume, cuja equação dos valores ou ausência destes, resultarão em ações que os definem. Assim, cada caracter permite qualificar o homem e, sob uma série de somas de ações leva-os ao fim do pressuposto.

O caracter representa, através do drama trágico, a reconstrução da própria identidade cívica grega, enquanto pessoa no teatro.

Mito

Grupo: Luan, Paulinho, Tadeu, Gustavo, Denílson e Airá

A tradução literal de mito é narrativa, de onde o poeta extrai o enredo que apresenta valores de caráter universal. De modo que o mito refere-se ao que poderia acontecer enquanto história, trata do acontecido e particular.

Para caracterizar uma narrativa mítica se faz necessário o logos; ou seja, um principio ordenador que remete à idéia de causalidade: a ação presente foi desencadeada pela anterior e desencadeará a ação seguinte, salvo o principio que não pede necessariamente uma ação anterior, e o fim que não admite uma ação posterior. A união dessa estrutura caracteriza a completude do mito.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Aviso aos navegantes:

Olá caros 200,
Sou o Rafael, (ou Rafinha... como preferirem) estou entre os diretores da SP e venho aqui dar
contribuição para nosso blog.

Em direção temos um exercício de protocolo onde, após certas aulas e discussões, algum aluno fica com a missão de escrever algo, ou vídeo, ou cena... enfim, algo que demostre sua sensação e sentimento após tal atividade.

Semana passada após a provocação "até onde experimentamos, até onde usamos algo que já temos domínio e o repetimos pela necessidade de uma sensação de segurança?" (ou coisa que o valha).

Como artístas isso é algo que vale a pena parar para pensar, tendo em vista que a escola incentiva o experimento (pelo menos em direção) e o medo, ou vaidade pode acabar nos privando de avançar.
E pensando nisso, nasce meu protocolo:



A rosa (com espinhos)

O que me completa é o mesmo que pode fazer sentir-me nada.
Da maior alegria, a dor mais profunda.

A rosa traz em sua beleza e espinhos o equilíbrio:
A abençoada maldição da vida que sempre acaba na morte.
Meu amor por Medusa torna necessário transformar-me em pedra antes que possa voar.

O contraponto:
No alto pouco importa o tempo parado, exceto pela lembrança da existência do injusto equilíbrio entre o vôo momentâneo e a sensação eterna quando pedra (e a dor ao suportar o peso da duradoura distância).

O contra-contraponto:
O tempo que passamos sem ar, por mais breve que seja, é tão marcante que muitas vezes esquecemos do tempo que nadamos livremente, que foi o real motivo de entrarmos nesse instável oceano.

Até quando o medo de afogar pode nos privar de mergulhar ao fundo, além de onde jamais chegamos para – quem sabe – encontrarmos algo que nunca sonhamos que poderia existir?

terça-feira, 2 de março de 2010

Xaveco

Lá ia passeando a mocinha de Humor na Rangel Pestana quando irrompeu o mocinho da Dramaturgia.

Ela, espantada, num primeiro momento ficou calada na frente dele.

Ele, sem mais, disse:

- Você é de Humor (no que a mocinha acompanhava com o olhar, confirmando tudo). Eu sou de Dramaturgia. (no que a mocinha ficava cada vez mais calada e confusa, como se dissesse aos pulos "sim, sim, e daí?". Até que o mocinho, com o olhar, não menos indecente, finalmente completou:...). Vamos fazer Humor'gia?




Juba.(piada há muito elaborada pelas fanfarronices da turma)

O TOP 10 - Livros indicados do Curso de Dramaturgia


No curso de dramaturgia recebemos uma bibliografia com indicação de 50 livros para nos deliciarmos. Pedimos a Marici, nossa querida coordenadora, a indicação do TOP 10 :

1)      Ball, David. Para trás e para Frente. São Paulo. Perspectiva, Col. Debates. 1999
2)      Aristóteles, Arte Poética. São Paulo. Abril, Col. Os pensadores, 1987
3)      Pallotini, Renata. Introdução à Dramaturgia. São Paulo: Ática. 1988
4)      Rosenfeld, Anatol. O teatro Épico, São Paulo: Perspectiva
5)      Roubine, Jean-Jacques. Introdução às Grandes Teorias do Teatro. Rio de Janeiro: Jorge Sahar, 2003
6)      Pavis, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999
7)      Candido, Antonio ( e outros). A personagem de Ficção. Col, Debates, São Paulo: Perspectiva, 2009
8)      Propp, Vladimir. Morfologia do Conto Maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006
9)      Pietro, Emanuele. Manual de Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1992
10)  Stanislavski, Constantin. Manual do ator. São Paulo: Martins Fontes, 2001


Também compartilhamos o link de um blog dos estudantes de Letras da USP para download de livros.

segunda-feira, 1 de março de 2010


Éeeee... fiquei com uma ponta de inveja de ti, Aninha!!! Não tiver tanta sorte com a minha foto!!!

E as nossas novas identidades?

Olá Galera,

Amanhã começa a segunda semana de aula, já fizemos pão, tivemos Zé Celso, plantamos, teve visita do Serra, pintura em azulejo e muito conteúdo e experimento.

E todo mundo já está com as suas novas identidades, não?

Posto aqui a minha, porque definitivamente não ficou nada convencional! E a de vocês? hahahahahah

A procura da nossa turma




"Se você tentou se adaptar a qualquer tipo de forma e não conseguiu, talvez você tenha muita sorte. É verdade que você pode ser um exilado de alguma espécie, mas sua alma está abrigada. Ocorro um estranho fenômeno quando a pessoa tenta se adequar e não consegue. Muito embora a criatura diferente seja rejeitada, ela ao mesmo tempo é empurrada para os braços dos seus verdadeiros companheiros psiquicos, quer se trate de uma linha de estudo, de uma forma de arte, quer de um grupo de pessoas. É pior ficar ali onde não nos sentimos bem do que vaguear perdida por um período em busca da afinidade psíquica e profunda de que precisamos. Nunca é errado ir à procura do que necessitamos. Nunca mesmo."

(Mulheres que correm com os lobos - A procura da nossa turma)



Nadja

ps: roubei a foto d vc Aninha!
Dionísio foi atingido pela loucura de Hera, indo perambular ao lado dos seres selvagens, dos loucos e dos animais.






Arnaldo Santini
Iluminação ;)